sexta-feira, 10 de outubro de 2008




Sexta-feira, 10 de Outubro, 2008

Hey hey,



O dia começou cedo, mas foi para ir para uma aula de laboratório de knitting. Bem a aula era para fazermos o padrão que tinhamos desenhado na máquina circular knitting, até hoje tinhamos estado sempre a trabalhar em flat knitting, manual e não electrónica, esta só nos permite trabalhar com um fio de uma cor de cada vez. Ou seja as amostras que fazemos variam no tipo de efeito que se aprenta a nível a malha. Os padrões que podemos fazer são os efeitos que fazemos, zigue-zagues, nervuras, nervuras intercaladas com zigue-zagues, conseguimos até fazer uma malha que tem o feito de pregas, mas a nível das cores é muito básico. Podemos usar vermelho, mas depois temos de voltar atrás para deixar o vermelho e mudar para o amarelo. Só conseguimos efeitos de riscas a nível das cores em flat knitting manual. Eu tenho-me esquecido de levar a máquina e assim não dá para meter fotografias das máquinas, mas prometo que volto ao laboratório para tirar. O tricot que se faz com duas agulhas, representam as camas de agulhas que temos em flat knitting, a cama da frente e de trás, que agarram o fio e fazem os loops. A vantagem destas camas, é que podemos seleccionar o número de agulhas que queremos que trabalhem, controlando assim a largura da peça. Depois no número de agulhas que seleccionamos também podemos meter algumas para baixo para conseguir os vários efeitos.

O circular knitting não é mais do que as camas de flat knitting em ângulos de 90º, mas em grande número e dispostos em círculo. O produto que sai da máquina sai em tudo, com uma zona onde depois se pode cortar. Estas máquinas servem gralmente para construir as malhas jersey, usadas em t-shirts, meias, sweatshirts e roupa interior. A produção nesta máquinas é muito grande. Com as máquina de circular knitting podemos usar muito mais cores, podemos construir jacquards até com seis cores. Jacquard, técnica de padronagem para produtos em malha ou tecelagem, em que os fios atravessam os padrões só podem ser visto na parte direita do tecido. Na parte do avesso temos o padrões ao contrário, as cores inversas da parte direita, é claro que há mais opções quanto ao avesso porque muitas vezes as peças de jacquard são muito pesadas e ninguém quer andar roupa muito pesada.

Bem então o senhor lá nos esteve a explicar como funcionava a máquina, onde seleccionavamos as agulhas que queriamos que trabalhassem ou não, como mudavamos os as cores dos fios, etc. Sempre que um fio rebenta, ou não está a trabalhar a máquina pára. Só o simples facto de um fio não trabalhar, torna a malha completamente diferente, menos densa. A máquina que usamos tinha 24 alimentadores, e eu que fiz um padrão com três cores, ficou extremamente pequeno, porque são 24 alimentadores a dividir por 3, ou seja igual a 8. Então no total tinha 8 alimentadores respectivamente três cores cada um. Cada um desses oito alimentadores dava uma volta e fazia um percurso na minha malha. As cores que eram suposto aparecer nesse momento na frente apareciam, e as que não ficavam na parte do avesso. O facto de a máquina ter tão poucos alimentadores é o que torna o padrão muito pequeno, e por isso o rectângulo onde concebemos o padrão é 24 x 8, quadrículas. Quem tivesse a usar só duas cores, a terceira cor dos alimentadores ficava sempre na parte do vesso do tecido e nunca aparece na frente. Isto conseguesse porque seleccionamos tudo nas agulhas, antes de pormos as máquinas a trabalhar.

Bem não sei se vão perceber alguma coisa pelas descrições, mas posso prometer quem vier cá tem direito a visita guiada pelos laboratórios com explicação. Oferta irresístivel, sou eu que digo, vão gostar dos laboratórios porque a escola é muito bem equipada.
Depois quando terminamos, arrumei as coisas e vim-me embora. Almoçei e passei a tarde toda a desenhar para Design de projecto, não fui ao ginásio, resolvi fazer sexta-feira o meu dia de descanso.




Por hoje é tudo,
Beijinhos
Inez




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